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terça-feira, 1 de novembro de 2016

Curso Livre EaD - Educação em Rede

Já ouviu falar sobre Educação em rede? Venha conhecer essa nova proposta de compreensão da Educação, que vem a transformar a prática de educadores (as) em geral.






Neste curso vamos falar de uma forma de trabalho bastante desafiadora. Definitivamente, compreendemos que não é um trabalho fácil. No entanto, também não é impossível. E mais que isso, é necessário e ético.

Neste sentido, para uma educação, dentro das situações planejadas, que seja coerente com o desenvolvimento integral de seres humanos espera-se que seja construída em processo de rede dentro do território.

A rede pode ser iniciada por qualquer educador (no sentido amplo da palavra) que esteja em um espaço potencial de desenvolvimento e que se sinta comprometido com isso (alguém de uma ONG, um profissional de saúde de um hospital, um líder religioso, um agente de um museu, um gerente de uma academia de ginástica do bairro, uma bibliotecária, etc.).

Mas, o que é uma rede?

Venha descobrir conosco!


Este curso é destinado a qualquer profissional que possa, em qualquer momento de sua prática, desempenhar o papel de educador.
Entendendo que o educador é um trabalhador social, na medida em que atua em uma realidade que está sempre se alterando. Este trabalhador só pode se compreender se se pensar como em relação com esta realidade que se modifica constantemente. Sendo assim, precisa conhecer a realidade da qual faz parte.

Saiba mais acessando nosso site:
http://www.espacooliveiras.com.br/rde

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Educação Em Rede #5 - Transmissão ao vivo


Para você, que se interessou pelo assunto de Educação em rede, que tratamos nas últimas postagens e nos últimos vídeos, temos um convite:


Transmissão ao vivo sobre Educação em Rede

Com Roberta Oliveira, educadora e colaboradora do IEO, 




Coloque na agenda;

DIA 25/10

19 HORAS

Acesse diretamente pelo nosso canal no Youtube

Não perca!



sábado, 10 de setembro de 2016

Educação em Rede #4 - Projeto de Vida ou Projeto Singular

Por: Roberta Andrea de Oliveira

A ferramenta de projeto terapêutico singular é muito utilizada na área da Saúde, principalmente pelas equipes de Saúde Mental. Como se trata de uma ferramenta de cuidado integral, construída por uma equipe e que considera a complexidade de cada caso e as singularidades de cada sujeito, ela será muito bem vinda para melhor organizar a Educação em Rede, que também visa o desenvolvimento e o cuidado integral das pessoas ao longo de suas vidas.


O mais importante desta estratégia é que o projeto deve ser construído com a pessoa em desenvolvimento, que é a mais interessada no processo. Neste trabalho nunca existirá um projeto elaborado por profissionais que irão apresentá-lo pronto ao estudante que deve, obedientemente, segui-lo. O projeto singular sempre será construído com o estudante e partir de seus objetivos de desenvolvimento. Sempre que for interessante, ou nos casos de estudantes menores, a participação da família é muito bem vinda. Quando alguém da família se desenvolve, todos se desenvolvem, e um projeto em conjunto pode ser mais potente.
Pois bem, vamos ao passo-a-passo:

1º Etapa: Diagnóstico Situacional

Passo 1: Conhecer o Território
Passo 2: Construir um Mapa
Passo 3: Construir uma Lista da Possível Rede e Estabelecer Vínculos

2ª Etapa: Divisão de Responsabilidades

Passo 4: Separe os Casos que Serão Acompanhados
Passo 5: Dividam-se em Grupos de Trabalho e Líderes

3ª Etapa: Definição de Metas e Reavaliação

Passo 6: Organizem Reuniões para Definição de Metas de Pequeno, Médio e Longo Prazos, bem como Para o Acompanhar o Alcance das Metas

As reuniões devem ser periódicas, e como já dissemos anteriormente, devem ser feitas com a participação dos mais interessados (estudantes e famílias).
O projeto nunca deve ser composto com o que você gostaria que o estudante fosse, mas sim, o que ele gostaria de melhorar sem si mesmo. O projeto é feito com e para a pessoa em desenvolvimento.
Quanto às metas, elas podem ser de pequeno, médio e longo prazos.

As metas devem ser norteadas pela inserção social, a ampliação de autonomia e a ativação da rede de suporte social da pessoa, família, grupo ou coletivo. A operacionalização deste processo se dá por meio de uma comunicação sensível [...] (Alarcon, Lancetti, Ramôa et al, 2013, p. 95).

Bibliografia

BRASIL (2013).
ALARCON, Sergio; LANCETTI, Antonio; RAMÔA, Marise; PETUCO, Dênis e PEKELMAN, Renata (2013).


Acompanhe o vídeo que encerra essa série. Aproveite e assine nosso canal, e não perca mais nenhuma postagem!



sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Educação em Rede #3 - O Conceito de Território

Por: Roberta Andrea de Oliveira

Atualmente, não nos sentimos pertencentes e seguros em nossos territórios. Não consideramos as cidades espaços de acolhimento e qualidade de vida.
Quando pensamos em território, devemos nos lembrar de como eles influenciam nossas vidas. Deste modo, se nos sentimos inseguros e não acolhidos, como contrariamente, agir para nos sentirmos pertencentes, seguros e acolhidos?
Especificamente nos trabalhos em Rede, independente da área, o ponto principal para se produzir o sentimento de acolhimento e segurança, bem como para promover qualidade de vida, devemos investir nas relações sociais.
Como estamos tratando da Educação em Rede, devemos lembrar que para pensar uma educação integral, devemos perceber esse território a partir da instituição que estamos pretendendo iniciar um projeto em rede. Ou seja, se você está em uma escola e quer iniciar o projeto aí, precisa olhar para o território do entorno a partir desta escola. Você vai identificar que outras instituições e espaços são importantes para sua escola e que possuem vínculos importantes com ela.


Percebendo o seu território de trabalho, considere que quanto mais populoso ele for, menor será sua capacidade de responder adequadamente as vulnerabilidades ali encontradas; e quanto menos profissionais comprometidos com a Educação em Rede existirem no território, menor também será a capacidade de se construir uma rede e responder as vulnerabilidades.
Para um bom trabalho em rede é essencial identificar as particularidades do território como desigualdades socioeconômicas; condições de vida; contato social entre as pessoas; processo de produção, trabalho e renda; distribuição e consumo de recursos; e situações ambientais. Conhecendo bem o território, você poderá priorizar situações as quais dará mais atenção. Quem está mais vulnerável e sob maiores riscos, deve ter preferência. Este é o conceito de Equidade. Talvez você já tenha ouvido falar sobre ele.
Um dos trabalhos do educador em rede é facilitar a constituição de vínculos e para atingir este objetivo é preciso compreender o território nas suas três dimensões:

  • Espaço físico: ruas, casas, escolas, empresas, e outros.
  • Dimensão simbólica: aspectos sociais, econômicos, culturais, religiosos, e outros.
  • Dimensão existencial: modos pelos quais o território ganha sentido a partir da história pessoal de cada um.

Quando consideramos as três dimensões, percebemos que se trata de um território vivo e dinâmico, em constante construção e mudança.

Deste modo, como educadores em rede, devemos oferecer uma escuta capaz de acolher e compreender as particularidades dos acontecimentos de vida de cada pessoa.

Bibliografia
Alarcon, Lancetti, Ramôa et al, 2013

Acompanhe o Instituto Espaço Oliveiras também no Youtube!


sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Educação em Rede #2 - O que está por trás desta prática?

Por: Roberta Andrea de Oliveira


A gestão da Educação em Rede, participativa a princípio, encontra-se embasada nos conceitos abaixo descritos: 





Atenção Integral 


Um trabalho em rede pressupõe atenção e cuidado integrais aos usuários, por meio da articulação de serviços, sendo eles de mesmo setor ou não (ex.: diversos equipamentos da Educação; ou entre um equipamento da Educação e um equipamento do Verde e Meio Ambiente; ou entre um equipamento da Educação, um equipamento da Saúde e um equipamento da Cultura; etc.). Essa articulação deve incluir, não apenas equipamentos tradicionais dos serviços públicos, mas, também, recursos da comunidade para se constituírem em verdadeiros espaços de inclusão, qualidade de vida na cidade e desenvolvimento das pessoas. 


Atenção Intersetorial 


Segundo NASCIMENTO (2010) a intersetorialidade nas políticas públicas pode promover a articulação de saberes técnicos, já que os especialistas de uma área passam a integrar agendas coletivas e compartilhar objetivos comuns com técnicos de outras áreas. A intersetorialidade pode trazer ganhos para a população, para a organização de ações definidas, bem como para a organização de ações em determinados territórios. 


Promoção de Saúde 

A Política Nacional de Promoção da Saúde (2006), que foi revista e atualizada em 2015, tem como objetivo geral promover a qualidade de vida e reduzir a vulnerabilidade e o risco à saúde agindo sobre os determinantes e condicionantes de saúde/doença, ou seja, agindo sobre modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, entre outros. Isso significa que o que determina a saúde de alguém é mais que simplesmente estar doente ou não. Trata-se de um bem-estar geral em todos os âmbitos relacionados à vida. E, claro, ter acesso a uma educação efetiva que possibilita o desenvolvimento integral, faz parte dos condicionantes de maior ou menor saúde das pessoas.


Educação em Saúde 


A Educação Popular em Saúde: 
“É um instrumento para a formação de atores sociais que participem na formulação, implementação e controle social da política de saúde e na produção de conhecimentos sobre a gestão das políticas públicas de saúde, o direito à saúde, os princípios do SUS, a organização do sistema, a gestão estratégica e participativa e os deveres das três esferas de gestão do SUS (federal, estadual e municipal)” (Brasil, 2009, p. 131).


Empoderamento 

A proposta de empoderamento pode ser reconhecida como uma forma mais dialógica de comunicação devido a postura ética de maior respeito à autonomia cognitiva das pessoas. O exercício do empoderamento cria um cenário de comunicação de natureza dialógica e não linear. 


Participação Social
Estimular a participação social é reforçar a importância de protagonizarmos processos de mudança.
“Não aceitar a responsabilidade pela realidade em que vivemos é, ao mesmo tempo, nos desobrigarmos da tarefa de transformá-la, colocando na mão do outro a possibilidade de agir. É não assumirmos o nosso destino, não nos sentirmos responsáveis por ele, porque não nos sentimos capazes de alterá-lo. A atitude decorrente dessas visões é sempre de fatalismo ou de subserviência, nunca uma atitude transformadora” (Toro e Werneck, 2004, p. 18).

Você já tinha ouvido falar em alguns destes conceitos? Acho que agora você pode começar a praticar algumas destas propostas para experimentar as mudanças que podem trazer!


Acompanhe a série de vídeos, inscreva-se no canal!






quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Medo do TCC: E-book com dicas e mais!



Você que acompanhou os vídeos da série Medo do TCC, agora pode baixar gratuitamente este e-book exclusivo para aprofundar seus conhecimentos sobre o tema.

É um material produzido com muito carinho pela equipe do Instituto Espaço Oliveiras e que ficará disponível para download gratuito por tempo limitado.

Faça o download clicando na imagem ao lado, e entre em contato conosco para dizer o que achou do material.

Continue acompanhando o IEO nas redes, que teremos mais oportunidades para você.


VENHA APRENDER CONOSCO!




sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Educação em Rede #1 - O que é e quem pode fazer!

Por: Roberta Andrea de Oliveira




A educação 

pode produzir mudanças? 


Quais mudanças?






Para que a educação reflita em mudanças na sociedade, primeiramente, o ator educador necessita ser comprometido. Segundo Freire (2011) a primeira condição para que alguém seja comprometido é ser capaz de agir e refletir. Trata-se de intencionar sua própria consciência em direção a sua forma de estar sendo no mundo.
O autoconhecimento é uma ferramenta poderosa para medirmos nossas ações e, principalmente, equilibrarmos nossas intenções sobre os outros. Para se autoconhecer como educador, um caminho favorável é estar presente (como se diz, “de corpo e alma”) naquilo que se está fazendo e perceber os impactos das relações: o que me deixa satisfeito, o que me incomoda, o que eu deveria evitar, etc.
A ação de educador se descobre no fazer e é possível refazer os caminhos várias vezes, o que se torna uma ação consciente e não negligenciada. 
Deste modo, o educador é um trabalhador social, na medida em que atua em uma realidade que está sempre se alterando. Este trabalhador só pode se compreender se se pensar como em relação com esta realidade que se modifica constantemente. Sendo assim, precisa conhecer a realidade da qual faz parte (Freire, 2011).
“Por isso, o trabalhador social não pode ser um homem neutro frente ao mundo, um homem neutro frente à desumanização, frente à permanência do que já não representa os caminhos do humano ou à mudança destes caminhos” (Freire, 2011, p. 63).
Um educador comprometido é um educador que planeja suas ações. Para uma educação, dentro das situações planejadas, que seja coerente com o desenvolvimento integral de seres humanos, o mais esperado é aquela construída em processo de rede dentro do território.

Na educação em rede não há dominador, nem dominado. Neste caso, há, na realidade, uma rua, um bairro e até uma cidade inteira comprometida com o desenvolvimento das pessoas que ali habitam. E assim, já é possível perceber que o educador deixa de ser somente aquele dentro dos muros da escola (ou de outra situação de educação não formal) e passa a ser qualquer pessoa que esteja em espaços potenciais de desenvolvimentos de pessoas. Um território pode ter muitos espaços potenciais e comprometidos com o desenvolvimento. 

Mas, a rede precisa se iniciada de algum ponto! Quem pode dar início a ela?


A rede pode ser iniciada por qualquer educador (no sentido amplo da palavra) que esteja em um espaço potencial de desenvolvimento e que se sinta comprometido com isso (alguém de uma ONG, um profissional de saúde de um hospital, um líder religioso, um agente de um museu, um gerente de uma academia de ginástica do bairro, uma bibliotecária, etc.).


Mas, o que é uma rede?
“Deve-se ter em mente que as redes não se formam por acaso. Elas são resultado do trabalho de numerosos atores que, em diferentes lugares e momentos, e com capacidades distintas de ação, exerceram e exercem seu papel como sujeitos da história” (Sposito, 2008, p. 48).

Será que você está pronto para atuar como um educador promotor de redes de desenvolvimento? O quanto se sente comprometido com o desenvolvimento das pessoas? Você conhece bem seu território de atuação? Sabe que espaços poderiam usar para compor uma boa rede?

Pois bem, a sua primeira tarefa é conhecer o seu território!
Inscreva-se em nosso canal, acompanhe a série de vídeos e saiba mais sobre o tema.


terça-feira, 9 de agosto de 2016

Medo do TCC? 6a. Dica

Estamos chegando ao fim dessa sequencia de dicas para ajudar você a elaborar seu TCC sem traumas.
Então, para finalizar, a 6a. dica:

GOSTE DO QUE ESTÁ PESQUISANDO!

Sem mais.
O trabalho vai ser muito chato, maçante, enfadonho, se você não gostar do que está estudando.


Vale ressaltar: 
Não vale escolher um tema qualquer só porque você gosta, é preciso que seja um tema relevante.



Mas, ao escolher, dentre temas que sejam relevantes, é melhor que você se encante com o tema que optar por estudar.
Fazer um TCC leva tempo, leva um esforço mental. Exige leitura, exige pesquisa, exige uma dedicação e tudo isso pode ser uma tortura se o tema não lhe agrada, ou não lhe interessa.

Mas, se for um tema agradável, que você gosta, será um tarefa muito estimulante!
Você vai elaborar o TCC com prazer e nem vai perceber o tempo passar até que esteja pronto.
Talvez você vire a chata entre seus amigos e familiares, porque você “só sabe falar do seu TCC”

E isso não é ruim!

Pelo contrário, é algo natural. 
Quando estamos produzindo conhecimento, estamos imersos nessa construção, então tudo que vemos, ouvimos parece fazer sentido com aquilo que estamos pesquisando. 
É tão incrível sentir-se descobrindo coisas que queremos compartilhar com as pessoas que amamos. Sem dúvida, as pessoas vão entender isso e se orgulhar de seu desenvolvimento.
E você, ficará muito feliz com o resultado do seu trabalho!

Continue acompanhando o Instituto Espaço Oliveiras nas redes, que teremos novidades!





sábado, 6 de agosto de 2016

Medo do TCC? 5a. Dica

Dando sequência à série de dicas que temos para você, vamos à ...
5a. dica: ESCOLHER BEM O MÉTODO

Recapitulando: você já entendeu a estrutura de um trabalho científico, já fez um levantamento bibliográfico, já definiu um tema para investigar, e a partir desse tema, elaborou uma pergunta.
Então agora pense: qual a melhor forma de respondê-la?
Esse “melhor” pode ser em vários sentidos. 
Deve se referir não só ao quanto é pertinente o método, mas também à sua disponibilidade de colocá-lo em prática.
Talvez você não tenha muito tempo. Talvez você não possa se deslocar muito para buscar sua resposta. Talvez você não entenda nada de estatística. Talvez você seja tímida e não se sinta tranquila para conversar com pessoas que não conhece.
O que tudo isso tem a ver?
Ora, existem diferentes métodos de pesquisa, e cada um exige algumas coisas. Entrevistas exigem contato com pessoas que você talvez não conheça; pesquisa de campo exige que você se desloque aos locais que deseja observar, e esses locais podem ser distantes, pesquisa quantitativa exige conhecimentos de estatística, e assim por diante.



O melhor método para responder a sua pergunta será aquele que mais se adeque a seu perfil de pesquisadora, a sua disponibilidade, e ao tempo que tem para elaboração.



Nesse momento, portanto, fazer uma boa escolha metodológica pode definir o sucesso do seu trabalho.

Acompanhe nossas dicas também em vídeo, e inscreva-se no canal para não perder as novidades!










sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Medo do TCC? 4a. Dica

Por: Ludmila R. Carvalho

Se você vem seguindo nossas dicas, até o momento você já: leu e aprendeu a reconhecer um trabalho científico, já elaborou sua pergunta de partida, já fez um primeiro levantamento das referências sobre o tema que quer discutir.
Então é hora de partir para a...

Dica #4
FOCO NA ESTRUTURA

Todo trabalho acadêmico tem uma estrutura. É como uma espinha dorsal a partir da qual será desenvolvido o texto.
E, como numa receita de bolo, existem os ingredientes e uma sequencia para o preparo.



Você certamente aprendeu em algum momento na escola a elaborar uma redação. E, mais especificamente, como escrever um tipo específico que se chama dissertação.
Então, deve lembrar-se que o texto tem uma estrutura, tem começo, meio e fim.

Ou seja:
  • Introdução
  • Desenvolvimento
  • Conclusão
Basicamente, os trabalhos científicos, como o TCC, tem essencialmente o mesmo formato. 
Basta lembrar que na primeira parte devem estar os elementos básicos do seu trabalho: a fundamentação teórica (autores e autoras que já escreveram sobre o assunto), a sua pergunta, os seus objetivos (o que você pretende com esse estudo), sua hipótese (como você imagina responder a sua pergunta inicial) e a justificativa (porque esse trabalho é importante e para quem).

Na segunda parte, você explicita o método utilizado, e sobre isso vamos falar mais no próximo texto.

E, na terceira parte é onde o seu trabalho realmente vai se diferenciar de todos os outros, e vai trazer uma contribuição nova.
Ou seja, você vai analisar os resultados, interpretá-los.
É nesse momento que você vai dizer o que encontrou em sua pesquisa, vai apontar o que foi mais significativo e relevante. E vai, também comparar o que encontrou com o que as outras autoras e autores  já escreveram.

É claro que, se você está ainda no início, você só chega até a 2a parte.
A última etapa vai ser desenvolvida só depois que você for a campo, ou seja, realizar a pesquisa propriamente dita.

Continue acompanhando nossos textos para superar o desafio do TCC e conseguir elaborar um bom trabalho!
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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Medo do TCC? 3a. Dica

Por: Ludmila R. Carvalho

Dando sequência a nossa série de textos e vídeos para ajudar você com seu TCC, apresentamos a ...


Dica #3

FAÇA UMA BOA BUSCA BIBLIOGRÁFICA


Em nosso trabalho nunca vamos partir do zero. Outras pessoas, já escreveram sobe o tema que queremos discutir, e para prosseguir produzindo conhecimento sobre o assunto, temos que partir do ponto em que eles já chegaram.
Precisamos EMBASAR nossas discussões, ou seja, apresentar uma base teórica sobre a qual vamos apresentar nossas questões, discussões e, por fim, as conclusões.

Então quer dizer que não posso criar nada novo, tenho que apenas reproduzir o que já falaram?

Não, não significa isso!

Significa que o conhecimento elaborado por outras (os) autores tem que ser levado em consideração, para que, a partir dele, você possa apresentar suas considerações.

Daí você poderá ir mais além, aprofundar os conhecimentos já construídos por outras (os), senão vai apenas ficar repetindo o que todo mundo já sabe, certo?

Agora, o mais importante: Como e onde encontrar esses autores?

Bom, se você já tem uma pergunta em mente, ela está inserida dentro de um tema, faz parte de um agrande área.
Por exemplo, se minha pergunta é "como pode ser feita a inclusão para Surdos no ensino público fundamental", eu tenho aí uma Grande área que é a Educação, sua subdivisão que é a Educação Inclusiva.
Vou procurar as (os) autoras (es) mais importantes que falem sobre isso. Quem são elas (es)?

Depois, tenho fazer uma busca mais específica. Que outros temas são abordados, nesse caso?
Surdez e Ensino Fundamental? Preciso buscar também autoras (es) que já tenham abordado esses assuntos.

Ou seja, é preciso ler e conhecer um pouco mais sobre o assunto que se deseja discutir, e escrever sobre ele apresentando trabalhos importantes e consistentes que já tenham sido realizados antes.
Aí, a partir disso, é possível apresentar, de fato, uma contribuição nova e consistente.
E, para isso, é importante buscar os livros, e também as bases de dados científicas como Scielo, LILACS, ou mesmo o Google Acadêmico.

Continue acompanhando a série, que teremos mais dicas!



quarta-feira, 27 de julho de 2016

Cidade, Mobilidade e Urbanização: Planejamento e Saúde #7: Convite


Vamos Conversar sobre Mobilidade?

Você que acompanhou a sequência de vídeos sobre Cidade, Mobilidade e Urbanização: Planejamento e Saúde, e já baixou o e-book, agora terá oportunidade de conversar com as profissionais do Instituto Espaço Oliveiras!
Isso mesmo!


Será um webinário, no dia 04 de agosto, as 19h, em que você poderá conversar ao vivo com a profa. Giselle Skatauskas, e outras profissionais do IEO.

Você pode, também, enviar suas dúvidas e perguntas antecipadamente para que a professora possa responder.
Neste link você pode se inscrever, e encontrar mais informações.


Veja abaixo o vídeo de convite, aproveite para se inscrever no canal do Youtube  não perder as próximas atividades






quinta-feira, 21 de julho de 2016

Cidade, Mobilidade e Urbanização: Planejamento e Saúde #6: Um presente Especial

 


Você que acompanhou os vídeos da série Cidade, Mobilidade e Urbanização: Planejamento e Saúde, agora pode baixar gratuitamente este e-book exclusivo para aprofundar seus conhecimentos sobre o tema.

É um material produzido com muito carinho pela equipe do Instituto Espaço Oliveiras.

Faça o download clicando na imagem ao lado, e entre em contato conosco para dizer o que achou do material.


Continue acompanhando o IEO nas redes, que teremos mais oportunidades para você.

VENHA APRENDER CONOSCO!





quarta-feira, 13 de julho de 2016

Cidade, Mobilidade e Urbanização: Planejamento e Saúde #5 - Você sabe o que é um assentamento precário?

Por: Roberta Andrea de Oliveira

Foto: Caio Miranda

Você que está acompanhando nossas séries de vídeos e textos sobre mobilidade urbana, urbanização e planejamento para saúde nas cidades, conheceu um pouco (no vídeo e texto 1) sobre o papel dos atores das cidades (todos nós) e, provavelmente, é alguém que atua profissionalmente com os excluídos sociais!
Outro tema importante para sua atuação frente ao planejamento das ações em territórios vulneráveis é o conceito de assentamento precário e suas consequências, que o tema neste nosso 5º encontro.
A expressão “assentamentos precários” foi adotada pela nova Política Nacional de Habitação (PNH) de forma a englobar numa categoria de abrangência nacional. Trata-se de conjunto de assentamentos urbanos inadequados ocupados por moradores de baixa renda, incluindo as tipologias tradicionalmente utilizadas pelas políticas públicas de habitação, tais como: cortiços, loteamentos irregulares de periferia, favelas e assemelhados, bem como os conjuntos habitacionais que se acham degradados.
Os assentamentos precários são, portanto, porções do território urbano com dimensões e tipologias variadas, que têm em comum:
  • o fato de serem áreas predominantemente residenciais, habitadas por famílias de baixa renda.
  • a precariedade das condições de moradia, caracterizada por inúmeras carências e inadequações, tais como: irregularidade fundiária; ausência de infraestrutura de saneamento ambiental; localização em áreas mal servidas por sistema de transporte e equipamentos sociais; terrenos alagadiços e sujeitos a riscos geotécnicos; adensamento excessivo, insalubridade e deficiências construtivas da unidade habitacional.
  • a origem histórica, relacionada às diversas estratégias utilizadas pela população de baixa renda para viabilizar, de modo autônomo, solução para suas necessidades habitacionais, diante da insuficiência e inadequação das iniciativas estatais dirigidas à questão, bem como da incompatibilidade entre o nível de renda da maioria dos trabalhadores e o preço das unidades residenciais produzidas pelo mercado imobiliário formal.

O Brasil tem hoje cerca de 80% da população vivendo nas cidades. Este crescimento da população foi acompanhado do agravamento dos problemas ambientais e das desigualdades socioespaciais. Nos principais centros metropolitanos de 20% a 40% da população total reside em favelas.
De acordo com o Censo de 2010, as áreas conhecidas como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos ou palafitas, abrigam os lares de 6% da população brasileira, aproximadamente 12.000.000 de domicílios nessas áreas.
Você sabia que na região Sudeste, cerca de 50% da população vive em favelas sendo 23,2% em São Paulo e 19,1% no Rio de Janeiro?
O texto Constitucional, em 2000, inseriu o conceito do direito à moradia como direito social. No entanto, inúmeras dúvidas surgem. O Brasil está conseguindo combater o problema da moradia? Há políticas públicas adequadas para o enfrentamento da questão urbana? Quais as relações de poder envolvidas neste cenário?
Você, enquanto profissional que atua neste cenário, quais as melhores ações para a garantia de qualidade de vida mínima da população excluída e para o restabelecimento da garantia de seus direitos?

Veja mais um vídeo dessa série, e participe, comentando.


Cidade, Mobilidade e Urbanização: Planejamento e Saúde #5 - Assentamento precário 

Bibliografia:
BRASIL. Ministério das Cidades (2010).
DENALDI, Rosana. In: ROSA, J. S; DENALDI, R. (Orgs) (2009).
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE).

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Cidade, Mobilidade e Urbanização: Planejamento e Saúde #4 - Cidadania e Sustentabilidade nas Cidades - Qualidade de Vida

Por: Roberta Andrea de Oliveira

Foto: Caio Miranda

              Este é o nosso 4º material sobre o tema e esperamos contribuir para as suas reflexões frente a sua atuação na promoção de saúde nas cidades. Você deve estar percebendo que não importa sua formação inicial, não importa em que setor trabalha e não importa que função específica exerça. Ou seja, o olhar para a saúde nas cidades é interdisciplinar e necessita de muitos atores. E se pensarmos bem, todos temos o papel de educadores no que se refere a ambiente.
Nestes tempos em que a informação assume um papel cada vez mais relevante, ciberespaço, multimídia, internet e educação para a cidadania representam a possibilidade de motivar e sensibilizar as pessoas para transformar as diversas formas de participação na defesa da qualidade de vida. Nesse sentido cabe destacar que a educação ambiental assume cada vez mais uma função transformadora, na qual a corresponsabilização dos indivíduos torna-se um objetivo essencial para promover um novo tipo de desenvolvimento – o desenvolvimento sustentável.
Entende-se, portanto, que a educação ambiental é condição necessária para modificar um quadro de crescente degradação socioambiental, mas ela ainda não é suficiente, se converte em “mais uma ferramenta de mediação necessária entre culturas, comportamentos diferenciados e interesses de grupos sociais para a construção das transformações desejadas” (Tamaio, 2000, p. 9)O educador tem a função de mediador na construção de referenciais ambientais e deve saber usá-los como instrumentos para o desenvolvimento de uma prática social centrada no conceito da natureza. Você se sente um educador em atuação em seu território de trabalho?
O conceito de desenvolvimento sustentável surge para enfrentar a crise ecológica e  está relacionada com a crítica ambientalista ao modo de vida contemporâneo. Tem como pressuposto a existência de sustentabilidade social, econômica e ecológica.
Estas dimensões explicitam a necessidade de tornar compatível a melhoria nos níveis e qualidade de vida com a preservação ambiental. Surge para dar uma resposta à necessidade de harmonizar os processos ambientais com os socioeconômicos, maximizando a produção dos ecossistemas para favorecer as necessidades humanas presentes e futuras. A maior virtude dessa abordagem é que, além da incorporação definitiva dos aspectos ecológicos no plano teórico, ela enfatiza a necessidade de inverter a tendência autodestrutiva dos processos de desenvolvimento no seu abuso contra a natureza (Jacobi, 1997).
A tarefa de encontrar soluções mediatas e imediatas para o mal-estar urbano não deve estar localizada apenas nas mãos de planejadores e do estado, mas sim corrigido com a participação e fiscalização de amplos setores e sujeitos envolvidos no processo de construção social do espaço urbano. Dessa forma, reunir amplos e complexos setores da sociedade com interesses opostos exigirá lutar com interesses gerais e particulares.
Para as elites econômicas, as habitações necessitam ser autossuficientes, precisam estar fora do mundo que a industrialização criou. A “segurança” é pensada para que o “mundo marginal” não penetre no seu espaço; portanto, no seu mundo.
A arquitetura, aos olhares do senso comum apenas concreto e beleza plástica ou feiura estética, o modelo e as construções, as ruas como estão alinhadas, as moradias onde estão localizadas e quem nelas habita, muito mais do que a aparência pode revelar, serve a um propósito que afirma o sistema político que a cidade e seus habitantes acolhem.
Concretamente, a ocupação urbana desordenada, a industrialização, as novas introduções tecnológicas, fruto da radicalização do capitalismo (reestruturação produtiva do capital), visando ao lucro e não ao bem-estar do homem, destroem relações culturais e sociais solidárias.
Outra face desse debate que deve ser colocada é o entendimento que se tem de planejamento para as cidades; razão pela qual, a incógnita permanece: como melhoraremos a vida nas cidades? Imediatamente pensamos apenas no econômico, pura e simplesmente, ou melhor, pensamos em modelos já em fase de superação, como a industrialização urbana moderna que separa o homem e a natureza, sem amparo das dimensões transversais das necessidades humanas. O homem é natureza, compreendida a relação filosófica que a afirmação encerra e ao mesmo tempo entendida a racionalidade que diferencia seres vivos.
Portanto, o “planejamento” das cidades deve levar em conta o meio ambiente como parte inseparável do planejamento sócio-econômico-cultural e histórico. É isso que se pretende que sejam as Conferências que se propõem a discutir sobre as cidades: a justa medida do debate com os conflitos sociais que emanam de um sistema social de desigualdades.
A gestão urbana deve diminuir as desigualdades através de uma maior participação popular e melhor distribuição de renda, desse modo, devem-se inserir no debate aqueles que sempre estiveram longe das mesas de planejamentos e execuções das políticas públicas: o povo e as entidades da sociedade civil organizada, através de uma gestão legitimamente democrática. Você que nos lê, se sente capaz para estimular este senso de participação na população de seu território? E se eles já participam, isso ocorre democraticamente?
O conceito de gestão urbana expressado aqui não tem intimidade com o mesmo conceito mercadológico da vida urbana expressado na concepção de planejadores urbanos que trataram prefeitos como gerentes de uma grande empresa.
Não há como não reconhecer a importância do planejamento urbano para permitir que haja uma cidade mais humana, e que seja numa sociedade que preze pelas relações democráticas e iguais em direitos.
Aproveite para se inscrever em nosso canal do Youtube (IEO Vídeos) e não perca o último material da série sobre os Assentamentos Precários! Você sabe o que é isso? Será que você trabalha com a população destes locais?


Cidade, Mobilidade e Urbanização: Planejamento e Saúde #4 - Cidadania e Sustentabilidade nas Cidades - Qualidade de Vida

Bibliografia:
LIMONAD, Ester (2013).
JACOBI, Pedro (2003).
TAMAIO, Irineu (2000).

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Cidade, Mobilidade e Urbanização: Planejamento e Saúde #3 - Planejamento Urbano e Ambiental

Por: Roberta Andrea de Oliveira

Foto: Caio Miranda

           Já estamos em nosso 3º material sobre o tema, e hoje trataremos a respeito do Planejamento Urbano e Ambiental.
        No processo de urbanização o homem realiza mudanças no ambiente a fim de possibilitar sua utilização para um melhor desempenho das diversas atividades humanas. Algumas dessas mudanças vêm ocorrendo de forma desenfreada e sem o devido planejamento, considerando que o meio natural é finito. Como exemplos podemos citar o desmatamento, a erosão do solo e a poluição que ocasionam catástrofes naturais e alterações climáticas.
        A urbanização implica em transformar o ambiente natural em ambiente construído. Os resíduos são despejados no meio acreditando-se que a natureza é capaz de absorver todo o entulho. As consequências ambientais dessas ações passaram a ser objeto de maior atenção por parte de governos e de organizações como um todo, elevando o grau de consciência da sociedade sobre o tema.
     É importante destacar que sustentabilidade do desenvolvimento requer que se contemple a sustentabilidade da sociedadeComo podemos pensar a qualidade de vida das pessoas com quem trabalhamos diariamente, considerando este cenário?
         Atualmente, o planejamento urbano vem tentando curar a marca deixada pelo crescimento desordenado das grandes cidades, com suas ocupações irregulares, inclusive em locais de preservação ambiental! Estes são os locais que a grande parcela da população que vem para a cidade encontra. As ações realizadas para tentar sanar a questão envolvem infraestrutura básica, como abastecimento de água e tratamento de esgoto. Mas, é só isso que as pessoas precisam?
       O futuro das nossas cidades depende destas ações, da conscientização da população e do planejamento adequado por parte de gestores.
       Tem havido um significativo avanço, nos últimos anos, no que se refere à criação e à implementação de instrumentos de planejamento urbano e ambiental. Você conhece estes instrumentos? Sabe como aplicá-los? Eles dão conta da necessidade de cada território e suas especificidades? Como enfrentar estes problemas?
             Para complementar a leitura, assista a Profa. Giselle Bangoin! Inscreva-se em nosso canal do Youtube para acompanhar nossos materiais!

Cidade, Mobilidade e Urbanização: Planejamento e Saúde #3 - Planejamento Urbano e Ambiental


Bibliografia:

COSTA. In: COSTA (2008).

terça-feira, 7 de junho de 2016

Cidade, Mobilidade e Urbanização: Planejamento e Saúde #2 - Mobilidade Urbana e Humana

Por: Roberta Andrea de Oliveira

Foto: Caio Miranda
Dando sequência aos nossos textos e vídeos sobre o tema “Cidade, Mobilidade e Urbanização: Planejamento e Saúde”, hoje, com nosso 2º assunto, vamos tratar da Mobilidade Urbana e Humana.
Você que acompanhou o 1º assunto sobre Atores das Cidades e que, provavelmente, trabalha com grupos sociais excluídos, precisa conhecer um pouco sobre a Mobilidade.
Mobilidade é o grande desafio das cidades contemporâneas, em todas as partes do mundo. A opção pelo automóvel - que parecia ser a resposta eficiente do século 20 à necessidade de circulação - levou à paralisia do trânsito, com desperdício de tempo e combustível, além dos problemas ambientais de poluição atmosférica e de ocupação do espaço público. Você sabia que no Brasil, a frota de automóveis e motocicletas teve crescimento de até 400% nos últimos dez anos?
Mobilidade urbana sustentável envolve a implantação de sistemas sobre trilhos, como metrôs, trens e bondes modernos (VLTs), ônibus "limpos", com integração a ciclovias, esteiras rolantes, elevadores de grande capacidade. E soluções inovadoras, como os teleféricos de Medellin (Colômbia), ou sistemas de bicicletas públicas, como os implantados em Copenhague, Paris, Barcelona, Bogotá, Boston e várias outras cidades mundiais.
Por fim, a mobilidade urbana também demanda calçadas confortáveis, niveladas, sem buracos e obstáculos, porque um terço das viagens realizadas nas cidades brasileiras é feita a pé ou em cadeiras de rodas.
Somente a requalificação dos transportes públicos poderá reduzir o ronco dos motores e permitir que as ruas deixem de ser "vias" de passagem e voltem a ser locais de convivência.
A mobilidade urbana refere-se às condições de deslocamento da população no espaço geográfico das cidades e é preciso lembrar que a qualidade e o tempo deste deslocamento interferem diretamente sobre a saúde da população. O termo é geralmente empregado para referir-se ao trânsito de veículos e também de pedestres, seja através do transporte individual (carros, motos, etc.), seja através do uso de transportes coletivos (ônibus, metrôs, etc.).
Nos últimos anos, o debate sobre a mobilidade urbana no Brasil vem se acirrando cada vez mais, haja vista que a maior parte das grandes cidades do país vem encontrando dificuldades em desenvolver meios para diminuir a quantidade de congestionamentos ao longo do dia e o excesso de pedestres em áreas centrais dos espaços urbanos. Trata-se, também, de uma questão ambiental, pois o excesso de veículos nas ruas gera mais poluição, interferindo em problemas naturais e climáticos em larga escala e também nas próprias cidades, a exemplo do aumento do problema das ilhas de calor.
A principal causa dos problemas de mobilidade urbana no Brasil relaciona-se ao aumento do uso de transportes individuais em detrimento da utilização de transportes coletivos, embora esses últimos também encontrem dificuldades com a superlotação. Esse aumento do uso de veículos como carros e motos deve-se:

  • à má qualidade do transporte público no Brasil;
  • ao aumento da renda média do brasileiro nos últimos anos;
  • à redução de impostos por parte do Governo Federal sobre produtos industrializados (o que inclui os carros);
  • à concessão de mais crédito ao consumidor;
  • à herança histórica da política rodoviarista do país.



Entre as principais soluções para o problema da mobilidade urbana, na visão de muitos especialistas, seria o estímulo aos transportes coletivos públicos, através da melhoria de suas qualidades e eficiências e do desenvolvimento de um trânsito focado na circulação desses veículos. Além disso, o incentivo à utilização de bicicletas, principalmente com a construção de ciclovias e ciclofaixas, também pode ser uma saída a ser mais bem trabalhada.
Outra questão referente à mobilidade urbana que precisa ser resolvida é o tempo de deslocamento, que vem aumentando não só pelos excessivos congestionamentos e trânsito lento nas ruas das cidades, mas também pelo crescimento desordenado delas, com o avanço da especulação imobiliária e a expansão das áreas periféricas, o que contrasta com o excessivo número de lotes vagos existentes. Se as cidades fossem mais compactas, os deslocamentos com veículos seriam mais rápidos e menos frequentes.
Muitas outras soluções, além do incentivo aos transportes de massa e ao uso de bicicletas, são mencionadas por especialistas em Urbanismo e Geografia Urbana. Uma proposta seria a adoção dos chamados “rodízios”, o que já é empregado em várias cidades, tais como São Paulo. Outra ideia é a adoção dos pedágios urbanos, o que faria com que as pessoas utilizassem, em tese, menos os veículos para deslocamentos.
Outra proposta é a diversificação dos modais de transporte. Ao longo do século XX, o Brasil foi essencialmente rodoviarista, em detrimento do uso de trens, metrôs e outros. A ideia é investir mais nesses modos alternativos, o que pode atenuar os excessivos números de veículos transitando nas ruas das grandes cidades do país.
De toda forma, é preciso ampliar os debates, regulamentando ações públicas para o interesse da questão, tais como a difusão dos fóruns de mobilidade urbana e a melhoria do Estatuto das Cidades, com ênfase na melhoria da qualidade e da eficiência dos deslocamentos por parte das populações. Você, possivelmente um gestor ou gestora que atua direta ou indiretamente sobre a qualidade da saúde nas cidades, como vem desenvolvendo estratégias neste sentido? Como vem atuando no que se refere a mobilidade?
Complemente suas reflexões com o vídeo abaixo e aproveite para se inscrever em nosso canal do Youtube para não perder os próximos:

Cidade, Mobilidade e Urbanização: Planejamento e Saúde #2 - Mobilidade Urbana e Humana


Bibliografia:
Rolnik e Klintow (2011)