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sábado, 30 de abril de 2016

A comunicação e as relações interpessoais na área da saúde


Por Ludmila R. Carvalho

De um modo geral, os (as) usuários (as) de equipamentos de saúde tendem a se queixar da atenção recebida pelos profissionais de Saúde.
São comuns as reclamações de falta de atenção, principalmente por parte dos profissionais da Medicina, do pouco tempo disponibilizado para as consultas, da falta de atenção e de escuta por parte destes profissionais.

Muito se deve à formação destes profissionais, mais tecnicista e pouco humanizada, respondendo a um processo histórico de fragmentação, de biologicização sob um ponto de vista positivista, cartesiano e mecanicista.
Esse é o conhecido modelo "biomédico", que é tido como responsável pelo fenômeno da medicalização, que observamos atualmente. Ou seja, o excesso de diagnósticos e transtornos que são criados, identificados, a partir de comportamentos e sintomas que podem ter origem em questões sociais, emocionais, ou mesmo que podem ser aspectos "normais"do comportamentos mas que, ao se tornarem desviantes respondem a uma lógica de mercado capitalista.

Se os profissionais de saúde, não apenas da Medicina, acreditam que é possível superar esse modelo, acreditam que é possível melhorar o relacionamento com os (as) pacientes, que é possível humanizar essa relação, certamente entendem que a comunicação é uma ferramenta importante.
A comunicação entre o profissional da saúde é importante, inclusive nos momentos das notícias desagradáveis, ou da revelação de diagnósticos difíceis, pois a forma como essa notícia é dada pode fazer toda a diferença.

Recentemente, a revista AUN (Agência Usp de Notícias) publicou uma matéria sobre a comunicação de más notícias em unidades de emergência dos hospitais. A matéria apresenta os resultados de uma pesquisa sobre o tema que envolvem aspectos da comunicação verbal e não verbal e a empatia.
Essa pesquisa também conclui que os (as) profissionais de medicina não se sentem preparados (as) para comunicar as más notícias, ou seja, é uma deficiência importante na formação desses (as) profissionais.



Link para a matéria da Agência Usp de Notícias - AUN


A educadora Roberta Oliveira, colaboradora do IEO, que estuda o tema, pesquisou, em sua dissertação de mestrado, a comunicação do diagnóstico de tuberculose e a adesão ao tratamento. Em seu estudo pode identificar, dentre outras coisas, que tem maior importância o  jeito, a forma com a qual o diagnóstico é revelado do que as palavras, o conteúdo da conversa naquele momento.
Mais um indicativo para a importância da humanização na relação profissional-paciente.
Abaixo, um vídeo com a entrevista da educadora:




Enfim, a humanização na saúde está bem longe de ocorrer de modo efetivo. 
Mas, felizmente, há profissionais atentos (as) à essa deficiência em suas formações, e que buscam supri-la, investindo em desenvolver suas relações interpessoais e estratégias de comunicação. 

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Palestra: Comunicação Interpessoal na Saúde


Esta é uma palestra destinada a todos/as os/as profissionais da área da saúde, sejam da iniciativa privada ou dos equipamentos de saúde pública.



Nesta palestra você vai conhecer um pouco a respeito do uso da Comunicação como ferramenta estratégica para o bom relacionamento interpessoal entre profissional de saúde e paciente, como também um pouco sobre como a Comunicação competente pode ajudar na formação de vínculo.



Saiba mais e inscreva-se aqui



Palestrante:
Profa. Dra. Ana Claudia Puggina é graduada em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (2003), fez Mestrado (2006) e Doutorado (2011) em Enfermagem na Saúde do Adulto pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE-USP). Fellowship no Coma Science Group - Bélgica (2010). Pós-doc (2013) com a validação da escala "Interpersonal Communication Competence Scale".

terça-feira, 26 de abril de 2016

Doenças Negligenciadas e a Indústria Farmacêutica


Você já ouviu falar em doença negligenciada?


Uma doença negligenciada é uma doença para a qual não existem potenciais consumidores ao medicamento. Ou seja, não há pessoas ou governos com poder aquisitivo suficiente e dispostos a consumir o medicamento. 

Frente a isso, a indústria farmacêutica não vê perspectiva de lucro, e então não investe em pesquisa para novos ou melhores medicamentos para a doença. Resumindo: pesquisa-se o que tem interesse comercial.

Este é um exemplo de condicionante social de saúde. 

Significa que a nossa maior ou menor saúde é influenciada por questões sociais. Ser mais ou menos saudável não é uma fatalidade ou simplesmente culpa de quem está doença, por não ter se cuidado o suficiente. Na verdade, há questões maiores das quais é preciso se empoderar e, assim, poder lutar por uma lógica diferente.


Neste caso específico das doenças negligenciadas, o capitalismo fala mais alto e o investimento na saúde fica, por vezes, na dependência do lucro garantido.

Leia na íntegra no número 163 da Revista RADIS, em “Por uma lógica inclusiva”, p. 19.

domingo, 24 de abril de 2016

Racismo Institucional

Esse mês teremos mais uma Roda de Conversa, dessa vez sobre Racismo Institucional.

Mulheres negras atendidas em instituições de saúde estão mais sujeitas ao risco de óbito do que as mulheres brancas. 
Mulheres negras em trabalho de parto têm menos chances de receberem anestésico do que as mulheres brancas. 
A consulta com um profissional de saúde dura mais tempo com pessoas brancas do que com pessoas negras. 
O atendimento em pronto socorro a pessoas vítimas de violência conta mais com pacientes negros do que com pacientes brancos. 

Achou estas afirmações pesadas? Venha discutir conosco as consequências do racismo institucional na área da saúde.


Essa roda terá a mediação de Lidiane Aparecida de Araújo e Silva, psicóloga, psicoterapeuta, graduada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Especialista em saúde Pública, atualmente trabalha no Núcleo de Apoio a Estratégia Saúde da Família (NASF), na atenção básica, no município de São Paulo. Trabalhou em um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas na região Norte, no mesmo município. Colaboradora do Subnúcleo psicologia e relações raciais, da Comissão de Terra/raça e etnia do Conselho Regional dePsicologia/SP e AMMA Psique e Negritude.

Lembramos que o evento é GRATUITO, porém é necessária a INSCRIÇÃO através do nosso site.
Garantimos declaração de participação.

sábado, 23 de abril de 2016

Bitcoin e a Educação do Futuro

Adolescente de 15 anos cria empresa após ganhar US$ 100 mil com bitcoin











O que consideramos mais interessante nessa notícia, não é o espírito empreendedor do garoto, ainda tão jovem.
Nem a quantia que ele ganhou com o investimento virtual para poder iniciar seu próprio negócio.
Sem desmerecer tais feitos, o que nos chama a atenção é o tipo de empresa que ele abriu.
Muita gente poderia supor que um garoto dessa idade criaria uma empresa de games, ou alguma startup do tipo rede social. Afinal é onde é comum vermos jovens investindo sua criatividade e ganhando muito dinheiro em retorno.
Mas, Erik Finman não.

Ele criou um "serviço on-line de educação que une tutores e estudantes".
Seu site, Botangle possibilita que pessoas se cadastrem e tenham acesso a vários assuntos. Assim, é possível aprender desde programação, aulas de dança a novos idiomas em vídeos e chats.

Sabe o que é mais incrível? Erik diz que "a ideia surgiu depois de desejar ter mais aulas que as da grade de sua escola".
Parece impressionante, pois o que se espera dos jovens é que queiram menos aulas, e não MAIS aulas, não é mesmo?

- Ah, mas isso aconteceu nos Estados Unidos! Os jovens Brasileiros são diferentes!
São mesmo?
Essa atitude do garoto aponta para uma "falta" que está havendo no ensino formal, e que os jovens estão buscando suprir nas redes.

E essa "falta" não ocorre apenas na América do norte.
Há uma crise de identidade em curso na educação, e não estamos isentos disso.
A escola precisa se repensar. Rever seu papel na atual sociedade. E não menosprezar essa busca dos jovens por mais informação e conhecimento nas redes, mas sim, estimulá-la.
Longe de querer suprir essa "falta", acreditamos que a educação do futuro irá cada vez mais abrir essas brechas, para que os(as) estudantes possam buscar seu protagonismo no processo de sua formação.
Mas principalmente, e antes de tudo,esperamos que a educação propicie uma base consistente para estimular essa curiosidade e esse desejo de buscar o conhecimento, cada vez mais democratizado.

domingo, 17 de abril de 2016

sábado, 16 de abril de 2016

Esqueça um livro

Quem é que não gosta de ganhar livros de presente?
E se, sem querer, você encontrar um livro. Assim, meio "esquecido" propositalmente para que você achasse?

Essa é a proposta do Eu não esqueci. É presente

Uma iniciativa linda, que deve ser incentivada, compartilhada, multiplicada.
"Não esqueci, é presente": uma atitude sustentável, a favor da divulgação da cultura, da literatura, democratizando o acesso ao conhecimento.

Nós, do Instituto Espaço Oliveiras também procuramos realizar ações desse tipo, em nossos eventos, disponibilizando livros e revistas para que xs participantes levem.
São ações simples, mas que fazem toda a diferença, concordam?


quinta-feira, 14 de abril de 2016

Anorexia e a ditadura da magreza



Nos deparamos com esta matéria e, realmente, chocou!

Pensar que as mulheres ainda não deixaram de ser vítimas da ditadura da moda (modelos e consumidoras) é estarrecedor!


Este anúncio não chegará às consumidoras! Mas, e esta modelo? Como ela se percebe? Como vê seu próprio corpo?

via BBC Brasil

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Construindo um Projeto de Pesquisa

Já construiu algum projeto de pesquisa? Teve dificuldade? 
Ou se pretende fazer, quer aprender como fazer? 

Deseja finalizar aquele TCC que ficou parado, ou entrar para o Mestrado ou Doutorado?

Este curso é destinado a profissionais e estudantes que necessitam construir um projeto de pesquisa. O melhor: é totalmente online!
Venha elaborar seu projeto de pesquisa conosco!



Inscreva-se já!


terça-feira, 12 de abril de 2016

A Arte de Argumentar

Estamos lendo "A Arte de Argumentar - Gerenciando Razão e Emoção" de Antônio Suarez Abreu, livre-docente pela USP.
O autor, ao afirmar que somos vítimas de uma educação desestimulante, vítimas da constante contestação pública e vítimas da manipulação da mídia, acabamos por viver adiando ou perdendo nossos sonhos, o que nos torna infelizes.
Isso acontece com ricos ou pobres!

Ao, literalmente, corrermos atrás de uma solução para sermos felizes, vivenciamos a solidão e um clima diário de discussões e ressentimentos!
Será que você se sente assim agora?

Não basta ser inteligente e ter um currículo extenso para ser bem-sucedido. 

"[...] o verdadeiro sucesso depende da habilidade de relacionamento interpessoal [...]"

Quando entramos em contato com as pessoas, não estamos apenas gerenciando informações, mas estamos também gerenciando nossa relação e nossa capacidade de entender e comunicar tanto ideias, como emoções.
Uma das áreas a ser afetada pela qualidade da comunicação é a área do trabalho:
"O mundo está passando por uma mudança em relação ao emprego industrial e rural. No campo, para o futuro, a perspectiva é termos 2% da população interagindo com uma agricultura altamente mecanizada. Nas cidades, menos de 20% trabalharão nas indústrias robotizadas e informatizadas. O resto (mais de 80%) ficará na área de serviços. Ora, serviços implicam clientes e clientes implicam bom gerenciamento de relação. O trabalho do futuro dependerá, pois, do relacionamento."
Sendo assim, médicos, dentistas, enfermeiros, psicólogos professores, e tantos outros, não terão sucesso apenas porque passaram em primeiro lugar em um vestibular, mas sim, se forem capazes de se relacionar positivamente com seus clientes, de forma a construir vínculo e confiança.

sábado, 9 de abril de 2016

Lego inclusivo



Finalmente os fabricantes e desenvolvedores de brinquedos estão dando atenção às diferenças existentes entre as crianças.
A inclusão é um tema atual e em destaque na sociedade, mas ainda há muito que fazer para que ela seja efetiva.
Iniciativas como a da Lego ajudam a trazer o tema para o debate, e para o cotidiano das pessoas, bem como propiciar às crianças a possibilidade de crescerem flexibilizando os padrões pré-determinados de "normalidade".
Certamente serão crianças mais questionadoras, inclusivas e menos preconceituosas.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Cientistas e ativistas realizam a Caravana Territorial da Bacia do Rio Doce

Entidades como Abrasco, ANA, universidades localizadas em MG e ES e demais movimentos sociais farão levantamento estratégico na região na próxima semana.


Fonte: ABRASCO

terça-feira, 5 de abril de 2016

Doenças Crônicas não Transmissíveis - Obesidade

As doenças crônicas não transmissíveis são uma prioridade entre as ações de saúde pública. 
São problemas de saúde que não se transmitem de uma pessoa a outra, e por vezes, nos acompanham por um longo período de tempo ou uma vida inteira, necessitando de tratamento e controle. 
Exemplos são a pressão alta, a diabetes e a obesidade. 
A obesidade, inclusive, é considerada uma epidemia mundial. 

Segundo pesquisa publicada na revista Lancet, e noticiada pela BBC Brasil no dia 1º de abril, um quinto da população brasileira adulta é obesa (cerca de 30 milhões de pessoas).
Mulheres correspondem a 23% e homens a 17%. Em 1975, com relação ao ranking mundial de obesidade entre mulheres, o Brasil estava em 9º lugar; e com relação ao ranking entre homens, estava em 10º lugar. Em 2014, com relação às mulheres, o Brasil subiu para o 5º lugar; e entre os homens subiu para o 3º lugar.


Podemos citar também, a obesidade infantil como um sintoma que já nos sinaliza que o problema começa desde cedo. 


Gostaríamos, também, de recomendar o documentário abaixo, chamado Muito Além do Peso, a fim de mostrar que o combate a este problema não se restringe a área da Saúde. 
Deve ser um embate amplo, envolvendo áreas da Educação, Economia, Marketing, entre outras. 

Só será possível combater este mal se mexermos nos condicionantes sociais que influenciam negativamente o comportamento alimentar de nossas crianças.