Por: Roberta Andrea de Oliveira
Atualmente,
não nos sentimos pertencentes e seguros em nossos territórios. Não consideramos
as cidades espaços de acolhimento e qualidade de vida.
Quando
pensamos em território,
devemos nos lembrar de como eles influenciam nossas vidas. Deste modo, se nos sentimos inseguros
e não acolhidos, como contrariamente, agir para nos sentirmos pertencentes,
seguros e acolhidos?
Especificamente
nos trabalhos em Rede, independente da área, o ponto principal para se produzir
o sentimento de acolhimento e segurança, bem como para promover qualidade de
vida, devemos investir nas
relações sociais.
Como
estamos tratando da Educação em Rede,
devemos lembrar que para pensar uma educação integral, devemos perceber esse
território a partir da instituição que estamos pretendendo iniciar um projeto
em rede. Ou seja, se você está em uma escola e quer iniciar o projeto aí,
precisa olhar para o território do entorno a partir desta escola. Você vai identificar que outras
instituições e espaços são importantes para sua escola e que possuem vínculos importantes
com ela.
Percebendo
o seu território de trabalho, considere que quanto mais populoso ele for, menor
será sua capacidade de
responder adequadamente as vulnerabilidades ali encontradas; e quanto
menos profissionais comprometidos com a Educação em Rede existirem no
território, menor também será a capacidade
de se construir uma rede e responder as vulnerabilidades.
Para um
bom trabalho em rede é essencial identificar as particularidades do território como desigualdades
socioeconômicas; condições de vida; contato social entre as pessoas; processo
de produção, trabalho e renda; distribuição e consumo de recursos; e situações
ambientais. Conhecendo bem o território, você poderá priorizar situações as
quais dará mais atenção. Quem está mais vulnerável e sob maiores riscos, deve
ter preferência. Este é o
conceito de Equidade. Talvez você já tenha ouvido falar sobre ele.
Um dos
trabalhos do educador em rede é facilitar a constituição de vínculos e para atingir este objetivo é preciso compreender o
território nas suas três dimensões:
- Espaço físico: ruas, casas, escolas, empresas, e outros.
- Dimensão simbólica: aspectos sociais, econômicos, culturais, religiosos, e outros.
- Dimensão existencial: modos pelos quais o território ganha sentido a partir da história pessoal de cada um.
Quando
consideramos as três dimensões, percebemos que se trata de um território vivo e dinâmico,
em constante construção e
mudança.
Deste
modo, como educadores em rede, devemos oferecer uma escuta capaz de
acolher e compreender as particularidades dos acontecimentos de vida de cada
pessoa.
Bibliografia
Alarcon,
Lancetti, Ramôa et al, 2013
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