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sábado, 10 de setembro de 2016

Educação em Rede #4 - Projeto de Vida ou Projeto Singular

Por: Roberta Andrea de Oliveira

A ferramenta de projeto terapêutico singular é muito utilizada na área da Saúde, principalmente pelas equipes de Saúde Mental. Como se trata de uma ferramenta de cuidado integral, construída por uma equipe e que considera a complexidade de cada caso e as singularidades de cada sujeito, ela será muito bem vinda para melhor organizar a Educação em Rede, que também visa o desenvolvimento e o cuidado integral das pessoas ao longo de suas vidas.


O mais importante desta estratégia é que o projeto deve ser construído com a pessoa em desenvolvimento, que é a mais interessada no processo. Neste trabalho nunca existirá um projeto elaborado por profissionais que irão apresentá-lo pronto ao estudante que deve, obedientemente, segui-lo. O projeto singular sempre será construído com o estudante e partir de seus objetivos de desenvolvimento. Sempre que for interessante, ou nos casos de estudantes menores, a participação da família é muito bem vinda. Quando alguém da família se desenvolve, todos se desenvolvem, e um projeto em conjunto pode ser mais potente.
Pois bem, vamos ao passo-a-passo:

1º Etapa: Diagnóstico Situacional

Passo 1: Conhecer o Território
Passo 2: Construir um Mapa
Passo 3: Construir uma Lista da Possível Rede e Estabelecer Vínculos

2ª Etapa: Divisão de Responsabilidades

Passo 4: Separe os Casos que Serão Acompanhados
Passo 5: Dividam-se em Grupos de Trabalho e Líderes

3ª Etapa: Definição de Metas e Reavaliação

Passo 6: Organizem Reuniões para Definição de Metas de Pequeno, Médio e Longo Prazos, bem como Para o Acompanhar o Alcance das Metas

As reuniões devem ser periódicas, e como já dissemos anteriormente, devem ser feitas com a participação dos mais interessados (estudantes e famílias).
O projeto nunca deve ser composto com o que você gostaria que o estudante fosse, mas sim, o que ele gostaria de melhorar sem si mesmo. O projeto é feito com e para a pessoa em desenvolvimento.
Quanto às metas, elas podem ser de pequeno, médio e longo prazos.

As metas devem ser norteadas pela inserção social, a ampliação de autonomia e a ativação da rede de suporte social da pessoa, família, grupo ou coletivo. A operacionalização deste processo se dá por meio de uma comunicação sensível [...] (Alarcon, Lancetti, Ramôa et al, 2013, p. 95).

Bibliografia

BRASIL (2013).
ALARCON, Sergio; LANCETTI, Antonio; RAMÔA, Marise; PETUCO, Dênis e PEKELMAN, Renata (2013).


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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Educação em Rede #3 - O Conceito de Território

Por: Roberta Andrea de Oliveira

Atualmente, não nos sentimos pertencentes e seguros em nossos territórios. Não consideramos as cidades espaços de acolhimento e qualidade de vida.
Quando pensamos em território, devemos nos lembrar de como eles influenciam nossas vidas. Deste modo, se nos sentimos inseguros e não acolhidos, como contrariamente, agir para nos sentirmos pertencentes, seguros e acolhidos?
Especificamente nos trabalhos em Rede, independente da área, o ponto principal para se produzir o sentimento de acolhimento e segurança, bem como para promover qualidade de vida, devemos investir nas relações sociais.
Como estamos tratando da Educação em Rede, devemos lembrar que para pensar uma educação integral, devemos perceber esse território a partir da instituição que estamos pretendendo iniciar um projeto em rede. Ou seja, se você está em uma escola e quer iniciar o projeto aí, precisa olhar para o território do entorno a partir desta escola. Você vai identificar que outras instituições e espaços são importantes para sua escola e que possuem vínculos importantes com ela.


Percebendo o seu território de trabalho, considere que quanto mais populoso ele for, menor será sua capacidade de responder adequadamente as vulnerabilidades ali encontradas; e quanto menos profissionais comprometidos com a Educação em Rede existirem no território, menor também será a capacidade de se construir uma rede e responder as vulnerabilidades.
Para um bom trabalho em rede é essencial identificar as particularidades do território como desigualdades socioeconômicas; condições de vida; contato social entre as pessoas; processo de produção, trabalho e renda; distribuição e consumo de recursos; e situações ambientais. Conhecendo bem o território, você poderá priorizar situações as quais dará mais atenção. Quem está mais vulnerável e sob maiores riscos, deve ter preferência. Este é o conceito de Equidade. Talvez você já tenha ouvido falar sobre ele.
Um dos trabalhos do educador em rede é facilitar a constituição de vínculos e para atingir este objetivo é preciso compreender o território nas suas três dimensões:

  • Espaço físico: ruas, casas, escolas, empresas, e outros.
  • Dimensão simbólica: aspectos sociais, econômicos, culturais, religiosos, e outros.
  • Dimensão existencial: modos pelos quais o território ganha sentido a partir da história pessoal de cada um.

Quando consideramos as três dimensões, percebemos que se trata de um território vivo e dinâmico, em constante construção e mudança.

Deste modo, como educadores em rede, devemos oferecer uma escuta capaz de acolher e compreender as particularidades dos acontecimentos de vida de cada pessoa.

Bibliografia
Alarcon, Lancetti, Ramôa et al, 2013

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