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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O Pior Conselho que Já Recebi sobre Educação


Bem, conselho é uma daquelas coisas que são boas de receber quando pedimos. Mesmo assim, quando pedimos conselhos, na realidade, já sabemos o que queremos ouvir.
Quando ouvimos o contrário do que esperávamos, temos a certeza de que não devemos fazer de modo algum aquilo que acabaram de nos aconselhar. É mais uma confirmação e quase que uma “permissão” para que você reúna o que faltava para dar aquele passo que você tanto resistia a dar.
Sendo assim, até os maus conselhos são proveitosos!
Todos nós conhecemos a importância de se ter outros idiomas quando entramos para a área acadêmica. Ser fluente em outros idiomas aumenta seus recursos de comunicação tanto em viagens para estudo como na leitura de material bibliográfico não existente em Português.
A maior parte de nós tem resistência em aprender outros idiomas. Isso é comum, pois não se trata de decorar palavras e frases e proceder com traduções. Saber outro idioma é imergir em outra cultura, é fazer o esforço de pensar como os nativos pensam.
Conversando com uma colega sobre começar a estudar Espanhol, ouvi o pior conselho que poderia ter ouvido na vida. Simplesmente, esta colega me disse que era desnecessário estudar este idioma que é tão próximo do nosso e que bastava eu prestar o DELE (Diploma de Espanhol como Língua Estrangeira), que é o teste oficial de avaliação do grau de fluência em Espanhol, emitido e reconhecido pelo Ministério da Educação, Cultura e Esporte da Espanha, para poder ingressar como aluna em escolas estrangeiras. Como se não bastasse, ainda ouvi que ela própria havia feito isso, tinha nas mãos o teste de proficiência em Espanhol, sem nunca ter estudado efetivamente o idioma.
Para começo de conversa, questiono-me sobre a veracidade da informação. Sendo verdade, há algo de falho neste teste. Em seguida, questiono-me sobre como interagir com outra cultura, entender aulas em ritmo de fala normal (ou seja, sem que o professor esteja preocupado que você não é fluente no idioma que ele está falando), bem como escrever trabalhos, discutir tópicos com colegas de sala, apresentar seminários, enfim...
Mas, o que mais me deixou perplexa é que esta colega é aluna de Mestrado! Pois é, está se formando para ser docente. E a pergunta que não quer calar é quantas vezes ela, como professora, dará conselhos a alunos sobre como encurtar e burlar o aprendizado e o enriquecimento cultural???