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sábado, 19 de abril de 2014

Ensino/Aprendizagem pela Emoção

Esta semana aconteceu a última aula de uma disciplina minha em uma das faculdades que trabalho. O curso é de pós-graduação e, por isso, prefiro não trabalhar com prova no último dia de aula. Acredito que a reflexão de um aluno de pós deva ser mais profunda e prova nenhuma conseguiria garantir esta profundidade.

Penso que, em um curso de pós, devo garantir que o aluno aprendeu a aprender e a solucionar problemas. Não é necessário que ele tenha tudo decorado na última aula, mas que saiba como, quando e onde buscar a informação necessária, bem como elaborar a ação devida e aplicá-la efetivamente.

Para isso, uma das estratégias que mais utilizo é o uso da emoção nas aulas. Não abro mão, de maneira alguma, dos alunos trazerem suas experiências pessoais, produzirem projetos, fazerem seminários e criarem portfólios. A produção é intensa durante toda a disciplina. No entanto, uma exigência que faço é que todos estes trabalhos desenvolvidos contenham as sensações e sentimentos que os conteúdos provocaram neles. Que eles possam refletir sobre o que cada dia de aula proporcionou de modificação em suas estruturas mentais.

Uma aluna minha, neste último dia de aula, apresentou um portfólio muito especial para os demais alunos. Aqui, atrevo-me a publicar suas frases [que foram registradas nos slides que passou em sala] e a colocar, eu mesma, em negrito aquilo que devemos suscitar nos alunos:

“Durante as aulas, esse conteúdo se tornava mais especial e fui me identificando mais. No dia a dia, podemos nos conhecer melhor, nós alunas, e ir para a Faculdade ficou mais prazeroso. Vou levar comigo todas essas aulas, e não vou esquecer do dia da apresentação do nosso seminário, como foi especial [...], e me mostrou que sou capaz de ir muito longe, que mesmo “enferrujada”, isso é possível. E certeza que isso deu um grande incentivo para querer sempre mais” (Mota, 2014).

Em seu último slide, ela apresenta como Resumo das Aulas o seguinte:

“A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original” (Albert Einstein).

“Sempre aprendemos algo a cada dia” (Mota, 2014).

Objetivo alcançado! E não é à toa que hoje, estou aqui, no Parque da Água Branca para produzir este texto. Além de oferecermos este tipo de aprendizagem para nossos alunos, também temos que proporcionar o mesmo para nós mesmos. Confesso que escrever podendo ver, sentir o cheiro e ouvir os sons da natureza, trás um sentido totalmente diferente para a atividade que fazemos.