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terça-feira, 11 de março de 2014

Que Tipo de Professor Você é ? A Comunicação Entre Professores e Alunos


Quando penso em comunicação, penso em conteúdo (aquilo que é comunicado), mas também penso em jeito de comunicar.
Nunca acreditei que o simples fato de um professor ser um profundo conhecedor do tema que trabalha o tornaria um bom educador.
Sempre fui daquelas alunas que se adéqua bem a qualquer tipo de professor. O jeito do professor nunca me impediu de seguir em frente com o melhor de mim. A didática do professor nunca foi uma coisa crucial para minha motivação.
Tive professores de todos os tipos: incompetentes (que ficavam lendo jornal na sala de aula ao invés de dar a aula); preconceituosos (que falavam mal de pobres, gays, lésbicas, negros, etc, em sala de aula, sem nenhum receio); cheios de graça (que adoravam fazer piadinhas com os alunos e nem percebiam que estavam sendo ofensivos); peruas (daquelas que só davam aula e notas boas para os meninos); garanhões (o oposto das peruas); ruins mesmo (que não sabiam do que falavam); depressivos (que davam aula dizendo que o melhor mesmo era estar em casa tomando um vinho); entre outros tipos.
O fato é que algo em mim me permitia perceber estas variações da espécie e realmente, nada disso me tirou do caminho.
Porém, nem todos são assim. Uma grande parte dos alunos vê em seus professores um modelo a ser seguido. Ou seja, se eles não mostram dar importância para o que fazem, por que eu daria importância para estudar? Se eles não acham importante dar boas aulas, por que eu deveria acreditar que é importante estudar?
Isso traz graves consequências para o futuro dos alunos, pois a tendência não é a de atravessar este obstáculo que se apresenta em sua frente. Não é o de ser um estudante autônomo, independente e autodidata.
Você educador pode parar um instante e refletir sobre sua forma de se comunicar com seus alunos e fazer uma auto-avaliação de como vem sendo sua prática:
  •  Você costuma refletir sobre sua própria prática a fim de modificá-la, se necessário?
  •   Você tem uma forma própria de trabalhar ou costuma seguir receitas e fórmulas desenvolvidas por outros?
  •   Você é humilde e flexível?
  •   Mesmo sendo um professor, você se sente um aprendiz?
  •   Você é aberto ao novo ou tem medo de errar?
  •   Além de levar o conteúdo a seus alunos, você coopera emocionalmente com eles?
  •   Você costuma desafiar seus alunos apresentando desequilíbrios a serem resolvidos ou oferece soluções prontas?
  •   Você valoriza a cultura e os valores éticos de seus alunos?
  •   Quando você disponibiliza seu e-mail a seus alunos, você responde quando escrevem ou prioriza outras mensagens que chegam a você?
  •   Quando um aluno te procura para conversar algo você fala com ele olhando nos olhos?
  •   Quando um aluno deseja conversar contigo você só ouve ou escuta? Você dá o tempo necessário para o aluno se expressar?

Agora, que tal pensar sobre quando você foi aluno?

  •   Qual é o tipo do meu professor inesquecível?
  •  Quais são minhas boas recordações escolares?
  •   O que eu gostaria de esquecer em relação à minha vida escolar?
  •    Como era a relação dos meus professores comigo?
  •  Como era a relação dos meus professores com meus colegas de sala?

Faça uma análise de suas respostas e pense: por que escolheu ser professor?


O professor bem sucedido é que aquele que se importa com seus alunos e que não economiza recursos de comunicação verbal ou não verbal para demonstrar atenção, compreensão e respeito. Isso porque a base do trabalho como educador é a relação humana. Somente com uma comunicação efetiva é que o professor poderá auxiliar o aluno a identificar suas dificuldades e a enfrentá-los como participante ativo do seu desenvolvimento como estudante e sujeito.